terça-feira, 23 de novembro de 2010

Ler é sonhar pela mão de outrem.
Fernando Pessoa, Livro do Desassossego

Resumo “Sexta-Feira ou uma Vida Selvagem”

Capítulo 1
Robinson ia num navio chamado Virgínia. Numa noite surgiu uma tempestade. No meio da tempestade, um choque formidável abalou todo o navio, a vaga gigantesca caiu sobre o convés e limpou tudo o que havia lá dentro.
Capítulo 2
Quando Robinson acordou estava numa praia. Depois de andar bastante apercebeu-se que estava numa ilha deserta.
Capítulo 3
Ele encontrou uns abutres a comer um bode morto. Ele afugentou os abutres, pegou no bode e levou-o. Depois fez uma fogueira e assou o bode. Então lembrou-se que podia deixar a fogueira acesa e também pegou em galhos e ervas secas e pôs dentro de um eucalipto cujo o tronco estava oco e pô-lo a arder, assim via-se a quilómetros de distância para se passa-se uma navio parar.
Depois disso os abutres andavam sempre atrás dele por causa do bode.
Capítulo 4
Ronbinson cansou-se de esperar, então começou a construir um barco que baptizou com o nome de Evasão.
Capítulo 5
Quando acabou a construção do barco decidiu colocá-lo na água para ver se podia embarcar.
Mas o barco estava muito longe do mar, ele tentou empurrá-lo, mas não conseguiu.
Capítulo 6
Um dia viu um barco e foi atrás dele, mas descobriu que aquilo tudo era uma ilusão.
Capítulo 7
Ronbinson um dia encontrou o Tenn, o cão que vinha no Virgínia e admirou-se por não o ter encontrado antes.
Ele decidiu construir a sua própria casa, e construiu. No final fez um relógio de água e um calendário. 
Capítulo 8
Quando chegou ao milésimo dia do calendário, ele decidiu dar leis à ilha.
Ele viu um fumo e foi ver o que era, então viu índios. Esses índios vieram em direcção à ilha e deixaram lá os restos do índio que cortaram e puseram a queimar.
Depois daquele sucedido Robinson temeu que pode-se haver invasores, então, fez um fosso à volta da casa e várias armadilhas.
No final de cada dia ia fazer a ronda e depois voltava para casa e fechava a ponte.
Capítulo 9   
Quando Robinson colheu os cereais os ratos multiplicaram-se, porque tinham que comer. Mas ele construiu ratoeiras. Assim matou muitos ratos.
Numa noite pôs cereais atrás de uma duna. Os ratos cinzentos começaram a lutar com os ratos negros, no dia seguinte todos os ratos negros estavam mortos.
Capítulo 10
Robinson pegou num espelho e reparou que não conseguia sorrir. Depois olhou para o Tenn e parecia-lhe que ele lhe estava o sorrir.
Capítulo 11
Robinson passava o dia a trabalhar e às vezes perguntava a si próprio para quê que servia aquilo tudo e para quem.
Capítulo 12
Num dia resolveu explorar a gruta, quando chegou ao final da gruta só via luz branca, então, resolveu voltar para trás. Quando chegou lá fora estava cheio de frio e foi a correr para casa.
Capítulo 13
Robinson apercebeu-se que se aproximava alguém da ilha. Então, pegou numa espingarda e no óculo e foi pela floresta em direcção à praia, quando chegou lá viu uns índios a matar outro índio, mas esse conseguiu fugir e veio em direcção a Robinson, porque o tinha visto.
Tenn ao ver ladrou, então, Robinson amarrou-lhe o focinho. Ele pegou na espingarda e estava a apontar para o primeiro perseguidor, quando ia a disparar Tenn abanou-o e o tiro acertou no segundo perseguidor. Depois o primeiro perseguidor foi à beira do segundo perseguidor e fugiu para o barco.
Capítulo 14
Robinson no dia seguinte levou o índio até ao Evasão, porque pensava que dois homens já conseguiam transportar o Evasão. Quando chegaram lá o barco já estava podre da humidade, as giestas já o tinham invadido e as termias já o tinham ruído completamente.
Capítulo 15
Robinson decidiu dar um nome ao índio, e passou a chamar-lhe Sexta-Feira.
Sexta-Feira sabia fazer o que Robinson fazia.
Robinson começou a pagar a Sexta-Feira com o dinheiro que encontrou nos restos do Virgínia. Assim Sexta-Feira comprava comida suplementar, objectos e meio-dia de folga.
Sexta-Feira também montou armas que usavam na sua terra para se defenderem. Assim Robinson e ele montaram essas armas para se defenderem na ilha dos ladrões.
Capítulo 16
Robinson viu fumo na praia i foi ver o que era. Quando lá chegou viu        Sexta-Feira a queimar uma tartaruga, assim a tartaruga saia da carapaça, e a carapaça servia de escudo.
Capítulo 17
Ao meio da noite Robinson acordou e não dormiu mais, então, teve a ideia de sair para fora.
De manhã quando Sexta-Feira e Tenn acordaram Robinson não se encontrava lá. Então, Sexta-Feira pegou no cofre e foi para o nordeste da ilha, lá tinha cactos e cactáceas. Ele pegou nos tecidos e pulseiras e enfeitou os cactos e as cactáceas.
No arrozal Tenn atirou-se para lá, para apanhar uma pedra. Ele estava quase a afogar-se, então, Sexta-Feira esvaziou o arrozal e essa colheita estava perdida.
Tenn saiu do arrozal e ficou a sacudir-se enquanto Sexta-Feira se dirigia para a floresta.
Capítulo 18
Quando Robinson saiu da gruta Tenn estava à sua espera lá fora. Eles não sabiam de Sexta-Feira, então, foram à procura dele na floresta virgem, lá encontraram-no. Ele estava todo sujo de suco de genipapo e foi a fugir em direcção ao mar para se lavar.
Capítulo 19
A vida deles voltou ao normal.
Sexta-Feira estava na gruta a fumar um cachimbo quando ouviu ladrar e um chicote. Ele lembrou-se que era Robinson e Tenn e que Robinson se apercebeu do desaparecimento do pequeno barril de tabaco.
Quando ia para fora atirou o cachimbo contra os quarenta barris de pólvora. Quando chegou perto de Robinson esse ergue o chicote, e ao mesmo tempo os barris de pólvora rebentaram.
Capítulo 20
Quando Robinson acordou Sexta-Feira estava à beira dele.
Estava tudo destruído e Tenn tinha morrido.
Robinson e Sexta-Feira feira foram-se lavar ao mer, porque estavam todos sujos de lama e no fim comeram ananás selvagem.
À noite estavam encostados a um cedro a ver se conseguiam dormir quando ouviram um barulho e viram um cedro a cair.
Capítulo 21
Robinson e Sexta-Feira começaram a fazer flechas e a atirá-las.
Robinson descobriu que Sexta-Feira mão fazia aquilo tudo para cumprir objectivos, mas sim para se divertir.
Capítulo 22
Sexta-Feira ensinou a Robinson a assar galinha como se fosse assada no forno, cozer carne recheada com peixe, a fabricar açúcar e caramelo.
Capítulo 23
Robinson e Sexta-Feira zangaram-se. Depois Sexta-Feira fez um boneco que era a cópia de Robinson e, então, fizeram as pazes.
Robinson fez uma estátua de Sexta-Feira. Assim quando estavam com raiva um do outro batiam no boneco.
Capítulo 24
Sexta-Feira inventou um novo jogo que era de trocarem a identidade. Sexta-Feira passava a ser Robinson e Robinson passava a ser Sexta-Feira, mas a cena preferida dos dois foi quando Robinson salvou Sexta-Feira.
Capítulo 25
Um dia Sexta-Feira encontrou um barril de pólvora e depois o outro.
Pegou numa manada de pólvora e atirou para a fogueira, a chama da fogueira ficou verde a brilhar.
Eles juntaram a pólvora com resina. E assim quando não conseguiam dormir ponham essa mistura numa árvore morta, acendiam-lha e a árvore parecia ouro a brilhar.
Capítulo 26
Robinson mostrou objectos a Sexta-Feira e disse-lhe como é que se pronunciavam.
No fim começaram a dizer adivinhas um ao outro.
Capítulo 27
Apareceram papagaios na ilha que imitavam Robinson e Sexta-Feira. Então, Sexta-Feira sensinou a Robinson gestos para comunicarem.
Um dia os papagaios foram-se embora e eles poderam falar, porque já não tinham os papagaios a imitá-los.
Capítulo 28
Sexta-Feira uma cabra alejada. Ele corou-lhe e passou a chamar-lhe Anda. Desde o sucedido ela passou a andar sempre atrás de Sexta-Feira.
Anda desapareceu. Então, Sexta-Feira sabia que foi Andoar. Ele foi desafiá-lo e caiu nas rochas e aleijou-se. Depois pôs-se em cima de Andoar, mas ele não parava qieto. Então, tapou-lhe os olhos, mas mesmo assim não parou quieto e acabaram por cair.
Capítulo 29
Robinson viu tudo, então, foi ao precipício por um atalho que conhecia. Quando lá chegou o Andoar estava morto, mas Sexta-Feira não.
Sexta-Feira apareceu-lhe por trás a rir com o ombro caído e Anda atrás dele.
Capítulo 30
Robinson tirou a pele a Andoar. Lavou-a, raspou-a, esticou-a e depois poliu-a.
Capítulo 31
Robinson decidiu perder as suas vertigens.
Um dia subia a uma das maiores árvores da ilha. Quanto mais subia, mais o tronco vibrava. Só que cometeu um erro terrível, olhou para baixo.
Capítulo 32
Sexta-Feira fez um papagaio com a pele de Andoar e pô-lo a voar.
Capítulo 33
Sexta-Feira construiu uma harpa eólica. Mas tinha pouco vento, quando veio uma tempestade Sexta-Feira pô-la na árvore e fazia um barulho terrível.
Capítulo 34
Um dia apareceu um navio que se chamava Whitebird. Robinson e Sexta-Feira foram para dentro, almoçaram e podia ir para Inglaterra.
Robinson decidiu não ir, porque na ilha sentia-se jovem e em Inglaterra ia se sentir velho, porque já tinha cinquenta anos.
No dia seguinte de manhã o Whitebird iria partir para Inglaterra.
Capítulo 35
Robinson quando acordou não viu Sexta-Feira. Então, foi procurá-lo e não o encontrou.
Ao procurar Sexta-Feira encontrou o grumete do Whitebird que se chamava Jean.
Ele disse a Robinson que Sexta-Feira foi no Whitebird.
Robinson passou a chamar-lhe Domingo e que para ele Jean iria ser sempre o filho do Domingo.

Sexta-Feira ou a Vida Selvagem, de Michel Tournier: Questionário - Capítulo I


1 – Situe o excerto apresentado no contexto da obra. 
2 – Retire do texto as expressões que localizem a acção :
      a) no espaço  
      b) no tempo  
3 – Caracterize o Virgínia. 
 
4 – Indique os motivos que levaram Robinson a empreender a viagem? 

5 – Identifique as personagens do texto.

6 - Mostre como há um contraste entre o exterior e o espaço interior do barco.

7 – Identifique os recursos estilísticos presentes nas frases seguintes: 
     7.1 “(…) como se de um balão se tratasse (…) 
     7.2 “(…) lá fora rugia o temporal (…)”  

8 - Desenhe um mapa e marque: o local do embarque, a rota, o local do naufrágio e o destino final da viagem.

9 – Atribua um título sugestivo ao texto.

Sexta-Feira ou a Vida Selvagem, de Michel Tournier: Questionário - Capítulo II


1 – Tome em atenção o primeiro parágrafo do texto:
     1.1 – Transcreva um exemplo de narração;
     1.2 - Transcreva um exemplo de descrição;
     1.3 - Relacione os exemplos anteriores com os tempos em que se encontram as formas verbais;
     1.4 - Explique a importância do recurso ao adjectivo na descrição.


2 - Faça a localização espácio-temporal da acção.


3 - A certa altura Robinson encontra um bode que, depois, acaba por matar.
     3.1 - Por que motivo o bode não o ataca?


4 - Depois de caminhar algumas horas, Robinson descobre uma gruta.
     4.1 - O que havia na sua entrada? Porque decide não a explorar?


5 – Como é que Robinson descobre que está numa ilha deserta?


6 – Qual é a primeira refeição que Robinson come na ilha?

domingo, 14 de novembro de 2010

Vamos dar início ao estudo da obra "Sexta-Feira ou a Vida Selvagem" de Michel Tournier


SINOPSE

Robinson não poderá nunca voltar ao mundo que deixou. Então, palmo a palmo, edifica o seu pequeno reino. Tem uma casa, fortalezas para se defender e um criado, Sexta-Feira, que lhe é dedicado de alma e coração. Tem mesmo um cão, que envelhece calmamente ao sol de Speranza. A ilha é um pequeno baluarte de civilização e tudo parece ir pelo melhor. A verdade é que todos três se aborrecem. Sexta-Feira nada compreende da organização, das leis, dos rituais que tanto agradam a Robinson. Escapa-lhe a razão de ser dos campos cultivados, dos rebanhos, das fortalezas. Mas então dá-se um acontecimento inesperado. Esta obra é uma versão adaptada de «Vendredi ou Les Limbes du Pacifique», do mesmo autor.

Para saber mais... 

Cenas do filme  "The Life and Adventures of Robinson Crusoe" de Daniel Defoe