Com base no estudo de "Falar verdade a mentir" de Almeida Garrett, realizado nas aulas de Língua Portuguesa, ficámos a compreender melhor as palavras de José Félix, dirigidas a Joaquina:
"José Félix: (...) ficarás mais perfeita do que eu: porque a tua alma de mulher é feita para compreender o meu coração de homem. (...) Oh joaquina, anjo, mulher, sopro, silfo, demónio! (...) oh Joaquina, morrer!(...)" (cena I)
PARA FICARES A SABER MAIS... O Ideal de Mulher Romântica
Mulher é divinizada (mulher-anjo), no entanto, é capaz de provocar dor e sofrimento (mulher-demónio), na medida em que é sedutora e destrói todos aqueles que encanta.
Toda a poesia romântica, joga com imensos contrastes:
• a mulher-anjo e mulher-demónio; o céu e o inferno; a salvação e a perdição; a vida e a morte; a alma e o corpo; a plenitude e o vazio; a ventura e a tristeza; a vida e a razão; o fascínio e a destruição;
• Os efeitos contraditórios do amor ;
• O poeta idealista: o anseio do amor puro e ideal;
• O amor intenso: o amor-paixão;
• O jogo da sedução; a atracção fatal que conduz o homem à perdição.
Um poema expressivo do amor romântico...
“NÃO TE AMO, QUERO-TE”
ALMEIDA GARRETT
Não te amo, quero-te: o amor vem da alma.
E eu na alma – tenho a calma,
A calma – do jazigo.
Ai! Não te amo, não.
E eu na alma – tenho a calma,
A calma – do jazigo.
Ai! Não te amo, não.
Não te amo, quero-te: o amor é vida.
E a vida – nem sentida
A trago eu já, comigo.
Ai, não te amo, não!
E a vida – nem sentida
A trago eu já, comigo.
Ai, não te amo, não!
Ai! Não te amo, não; e só te quero
De um querer bruto e fero
Que o sangue me devora,
Não chega ao coração.
De um querer bruto e fero
Que o sangue me devora,
Não chega ao coração.
Folhas Caídas, 1853 (excerto)
Contradições no poema:
- Céu/Terra
- Luz/Trevas
- Sonho/Real
- Amor/Desejo
- Prazer/Dor
- Mulher-Anjo/Mulher-Demónio / Mulher Fatal.
Tarefa:
Sem comentários:
Enviar um comentário