segunda-feira, 30 de maio de 2011

"Falar Verdade a Mentir" e o Ideal de Mulher Romântica - Proposta de Trabalho.


Com base no estudo de "Falar verdade a mentir" de Almeida Garrett, realizado nas aulas de Língua Portuguesa, ficámos a compreender melhor as palavras de José Félix, dirigidas a Joaquina:

"José Félix: (...) ficarás mais perfeita do que eu: porque a tua alma de mulher é feita para compreender o meu coração de homem. (...) Oh joaquina, anjo, mulher, sopro, silfo, demónio! (...) oh Joaquina, morrer!(...)" (cena I)

PARA FICARES A SABER MAIS... O Ideal de Mulher Romântica

Mulher é divinizada (mulher-anjo), no entanto, é capaz de provocar dor e sofrimento (mulher-demónio), na medida em que é  sedutora e destrói todos aqueles que encanta.


Toda a poesia romântica, joga com imensos contrastes: 


• a mulher-anjo e mulher-demónio; o céu e o inferno; a salvação e a perdição; a vida e a morte; a alma e o corpo; a plenitude e o vazio; a ventura e a tristeza; a vida e a razão; o fascínio e a destruição;

• Os efeitos contraditórios do amor ;

• O poeta idealista: o anseio do amor puro e ideal; 

• O amor intenso: o amor-paixão; 

• O jogo da sedução; a atracção fatal que conduz o homem à perdição.


Um poema expressivo do amor romântico...
“NÃO TE AMO, QUERO-TE”  
ALMEIDA GARRETT

Não te amo, quero-te: o amor vem da alma.
           E eu na alma – tenho a calma,
           A calma – do jazigo.
           Ai! Não te amo, não.

Não te amo, quero-te: o amor é vida.
           E a vida – nem sentida
           A trago eu já, comigo.
           Ai, não te amo, não!

Ai! Não te amo, não; e só te quero
           De um querer bruto e fero
           Que o sangue me devora,
           Não chega ao coração.

Folhas Caídas, 1853 (excerto)


Contradições no poema:
  • Céu/Terra
  • Luz/Trevas
  • Sonho/Real
  • Amor/Desejo
  • Prazer/Dor
  • Mulher-Anjo/Mulher-Demónio / Mulher Fatal.

Tarefa:
Cria o teu poema / a tua expressão de ideal de "MULHER ROMÂNTICA" ou procura um poema/texto ou imagem que revele este conceito de mulher.


Parabéns, Catarina (8ºC), pela expressividade conseguida no seu trabalho.

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